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Introdução ao Cepticismo (tópico de introdução)
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Introdução ao Cepticismo (tópico de introdução)
"O que é ser céptico?
Muita gente imagina um céptico como um ser carrancudo que diz não a tudo e se opõe a qualquer crença. Se esses são cépticos, não são dos nossos. Dizer não a tudo não é cepticismo, é parvoíce. E as crenças são cascas pessoais; cada um é livre de ter as que quiser. Mais, crenças, todos as temos. Qualquer juízo de valor que façamos, no fundo, tem que assentar numa crença que certas coisas são boas e outras más. Em suma, um céptico é a favor da liberdade de crença e pode ter as que quiser. O cepticismo não está em rejeitar as crenças, mas sim em compreender que crença e realidade são coisas diferentes. As crenças são inúmeras e cada um tem as suas. A realidade é só uma e igual para todos. Por isso, uma crença nunca serve para justificar uma afirmação de facto, apenas uma afirmação de crença.
Para que serve o cepticismo?
Todos nós somos ocasionalmente cépticos. Ninguém compra um carro em segunda mão sem um pouco de cepticismo. Se o troco que recebemos não parece correcto, normalmente conferimos. Por vezes, as pessoas distorcem a verdade. Outras vezes, mesmo quando honestas e sinceras, podem simplesmente estar enganadas. Todos nós podemos errar, ou por vezes, até
iludirmo-nos propositadamente. O cepticismo serve para corrigir os erros nestas situações. Em vez de nos guiarmos apenas pelas crenças e afirmações, (quer dos outros, quer as nossas) é sempre útil consultar a realidade e procurar factos que nos ajudem a decidir. A maioria das pessoas apenas é céptica em algumas ocasiões. A atitude mais natural, e na realidade a
que requer menor esforço, é simplesmente aceitar as coisas tal como nos são apresentadas. Num grande número de situações, esta é a atitude correcta, pois temos pouco a ganhar se passarmos o dia a questionar exaustivamente tudo o que nos dizem.
Quando ser céptico?
Infelizmente, não é prático passar o dia todo a verificar se o que nos dizem é verdade. E muitas vezes nem sequer é útil. Se alguém disser que viu um pardal, não se justifica pedir uma fotografia a comprovar – é uma coisa tão comum que se diz que viu, provavelmente, é verdade e de qualquer forma, se não for, não faz diferença. Mas se nos disser que viu um morto ressuscitar, o caso é diferente. Seria algo tão extraordinário que não poderíamos aceitá-lo apenas porque a pessoa o afirma, por muito sincera que seja a sua crença no acontecimento. O melhor a fazer é andar sempre com o cepticismo “ligado” e ter em conta que o que nos
dizem, por muito sinceros que sejam, pode não ser verdade. Dependendo da situação, logo vemos se vale a pena o esforço de verificar os factos.
Como ser céptico?
O passo mais importante é o de adoptar uma atitude crítica, não só para com a informação que obtemos, mas também no que respeita às nossas próprias convicções. É preciso rejeitar tanto a noção que o problema é demasiado complexo, para que o possamos compreender, como a noção de “já sei tudo” e ficar, por isso, fechado a mais informação. Quanto à complexidade do problema, este é por vezes menor do que nos querem fazer parecer. O uso de palavras obscuras e explicações ambíguas podem dar a ideia falsa de algo muito complexo e profundo, quando a realidade é muito mais simples. Este artifício é comum em afirmações pseudo-científicas ou puramente fantasiosas, em que o fundamental é que se perceba o menos possível (não se vá “descobrir a careca”). A situação, aparentemente inversa, de estarmos convencidos que dispomos de todo o conhecimento relevante, é igualmente prejudicial. Devemos sempre ser cépticos das nossas próprias convicções e preconceitos. Uma vez adoptada esta atitude crítica, é necessário obter informação do maior número possível de fontes, para podermos formar uma opinião bem fundamentada. Ludwig Krippahl
Todos nós somos, em certa medida, cépticos. Uns mais do que outros, é certo. Não vale a pena tentar mudar os fanáticos, os crentes, os cartomantes, os astrólogos, os ovniólogos e todas as outras pessoas que, por ingenuidade ou busca do lucro fácil, demonstram acreditar em causas sobrenaturais. Mas para aqueles que, por conformismo ou preguiça mental, optam por
assumir algum esoterismo nas suas vidas, acreditando em explicações extraordinárias para factos ordinários, vale sempre a pena apontar-lhes os erros de raciocínio. Mesmo para pessoas cépticas, é possível acreditar em poderes sobrenaturais. Não basta ser-se céptico, é preciso praticar-se permanentemente o cepticismo, principalmente quando confrontados com explicações extraordinárias. Alegações invulgares carecem de provas invulgares. Miguel Krippah
Fonte: CEPO (Associação de Portugueses Cépticos)
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