As contrariedades bíblicas e a mediunidade

Acredito acho que esta batalha tem de ser travada com nós mesmo,e pensar pela nossa cabeça porque a bíblia é cheia de interpretações e a mediunidade é um facto,logo aí nunca poderemos chegar a um consenso.

anokidas escreveu:Acredito acho que esta batalha tem de ser travada com nós mesmo,e pensar pela nossa cabeça porque a bíblia é cheia de interpretações e a mediunidade é um facto,logo aí nunca poderemos chegar a um consenso.

Tens razão quanto à Bíblia ser repleta de interpretações. Sempre aprendi que os textos podem conter algo de literal, histórico ou simbólico, que requer a interpretação e esta, depende do momento, da situação, da pessoa, de Deus. Pessoalmente, digo que passo por um “redescobrir” da Bíblia, e da forma como a tenho lido e “interpretado”, não vejo contradições entre ela e a mediunidade, e não digo que a Bíblia mudou. Eu mudei. Biblicamente falando, penso que houve renovação da minha mente, não porque eu quis, consequência de vivências.

Penso que, em cada passo que damos em nossa caminhada, nossa forma de visualizar determinado assunto vai-se modificando.
As vivências com tu bem dizes Ondine, são uma das causas que provocam essa alteração.

lancelot escreveu:Penso que, em cada passo que damos em nossa caminhada, nossa forma de visualizar determinado assunto vai-se modificando.
As vivências com tu bem dizes Ondine, são uma das causas que provocam essa alteração.

Lancelot, usaste a palavra certa, alteração. Estou alterada. Tudo à minha volta mudou, os sons vibram no meu corpo, as cores entram no meu cérebro, a aproximação das pessoas me desequilibra. De repente, já não me sinto eu mesma e ao mesmo tempo tudo está mais lindo de se ver, de se ouvir, mas percebo as pessoas me olhando e me percebendo... meus colegas de trabalho perguntam o que está a acontecer comigo e sinto vontade de rir e chorar ao mesmo tempo, é uma profusão de sentimentos dentro de mim, que ando a segurar a cabeça... Sei, não estou a falar coisa com coisa, deixa para lá!

Até parece que leste a profecia celestina. Rsr

lancelot escreveu:Até parece que leste a profecia celestina. Rsr

Embora goste muito de ler, esta obra não faz parte das que conheço. Nunca ouvi falar para ser sincera. Para ser mais sincera ainda, a Bíblia foi o único livro do qual me ocupei durante longo tempo rsrsrs Estou aberta a novas sugestões.

Chacalnegro escreveu:

Zen, estás a falar de uma coisa bastante diferente de mediunidade ou necromancia. Jesus chamou o espírito de Lázaro para o ressuscitar. Ou seja, devolveu o espírito ao corpo da pessoa onde já havia habitado. Jesus não chamou o espírito de Lázaro para o consultar.

Então isso quer dizer que a Bíblia não proíbe a mediunidade, só proíbe a troca de ideias (a conversação, o diálogo ou o paralpié) com os espíritos, é isso?

Bem, lá se vai a teoria dos mentores!!!

Salomé escreveu:

Chacalnegro escreveu:

Zen, estás a falar de uma coisa bastante diferente de mediunidade ou necromancia. Jesus chamou o espírito de Lázaro para o ressuscitar. Ou seja, devolveu o espírito ao corpo da pessoa onde já havia habitado. Jesus não chamou o espírito de Lázaro para o consultar.

Então isso quer dizer que a Bíblia não proíbe a mediunidade, só proíbe a troca de ideias (a conversação, o diálogo ou o paralpié) com os espíritos, é isso?

Bem, lá se vai a teoria dos mentores!!!

Basicamente é isso, a Bíblia proíbe a invocação de espíritos de falecidos. Não proíbe a mediunidade em si, que aliás é um conceito que nem existia na Antiguidade. Quando alguém tinha a capacidade de falar com os mortos, adivinhar coisas ou predizer o futuro, partia-se sempre de uma perpectiva de possessão. A mediunidade tal como hoje a concebemos deve os seus fundamentos teóricos a Kardec.

Chacalnegro escreveu:
Basicamente é isso, a Bíblia proíbe a invocação de espíritos de falecidos. Não proíbe a mediunidade em si, que aliás é um conceito que nem existia na Antiguidade. Quando alguém tinha a capacidade de falar com os mortos, adivinhar coisas ou predizer o futuro, partia-se sempre de uma perpectiva de possessão. A mediunidade tal como hoje a concebemos deve os seus fundamentos teóricos a Kardec.

Mas, no meu entender, não poderemos ficar por aí. Não poderemos esquecer que o próprio Kardec executava a auto-crítica, o que o coloca entre um dos primeiros e melhores críticos do espiritismo, o que nos levará para um trabalho evolutivo: da critica construtiva sairá sempre algo de melhor.

Sim, exactamente Salomé. Completamente de acordo, mas não era esse necessariamente o tema da discussão