Mediunidade ou Esquizofrenia?

Mediunidade ou esquizofrenia?
Estudo do Núcleo de Pesquisas em
Espiritualidade e Saúde da Universidade Federal de Juiz de Fora
investiga diferenças entre a experiência espiritual e o transtorno
mental

Ricardo Beghini

Publicação: 21/06/2010 10:01


— Ter visões, escutar vozes e sentir a presença de seres não visíveis são
consideradas manifestações de mediunidade (capacidade humana que permite
a comunicação entre humanos e espíritos), mas também podem ser
interpretadas como sintomas de esquizofrenia (doença mental
caracterizada por alucinações). Diferenciar uma coisa da outra é o
objetivo de um estudo desenvolvido pelo Núcleo de Pesquisas em
Espiritualidade e Saúde (Nupes) da Universidade Federal de Juiz de Fora
(UFJF).

“Infelizmente, muitas vezes pessoas portadoras de
transtornos mentais abandonam seus tratamentos médicos pensando ter
apenas experiências espirituais, o que é um erro que deve ser evitado,
pois podem haver graves consequências para os pacientes”, observa o
orientador da pesquisa e diretor do Nupes, Alexander Moreira-Almeida.
Denominada Um estudo prospectivo para o diagnóstico diferencial entre
experiências mediúnicas e transtornos mentais, a investigação teve
início em abril do ano passado e está na fase de coleta de dados, com
conclusão prevista para o fim de 2011.

O trabalho faz parte da tese de doutorado em saúde brasileira do também professor da UFJF Adair
Menezes Júnior. “A pesquisa investiga a mediunidade em um contexto
espírita, não pretendendo fazer comparações com vivências semelhantes
que ocorrem em outros grupos religiosos”, delimita.

A metodologia
prevê a avaliação de 100 pessoas que, ao buscar ajuda em centros
espíritas, são identificadas como médiuns pelos atendentes. Os
indivíduos são submetidos a entrevistas que avaliam diversos aspectos
psicológicos e psiquiátricos. Depois de um ano, as mesmas pessoas são
entrevistadas novamente para avaliar como foi a evolução de suas
vivências e das variáveis psicológicas e psiquiátricas investigadas.

“A
mediunidade está presente ao longo da história em praticamente todas as
civilizações, com registros de fazer parte da base de grande parte das
religiões. Sendo assim, é uma experiência humana que precisa ser melhor
investigada”, justifica Alexander Almeida.

Critérios
Com
base em pesquisas anteriores com médiuns e em uma ampla revisão da
literatura, os pesquisadores identificaram nove critérios que podem ser
úteis na diferenciação entre uma experiência espiritual saudável e um
transtorno mental.

São eles: ausência de sofrimento psicológico,
ausência de prejuízos sociais e ocupacionais, duração curta da
experiência, atitude crítica (ter dúvidas sobre a realidade objetiva da
vivência), compatibilidade com o grupo cultural ou religioso do
paciente, ausência de comorbidades (coexistência de doenças ou
transtornos), controle sobre a experiência, crescimento pessoal ao longo
do tempo e uma atitude de ajuda aos outros.

A pesquisa do Nupes é uma continuidade de outro trabalho do professor Alexander. Em 2001, ele
verificou a saúde mental de 115 médiuns espíritas de nove centros
espíritas selecionados aleatoriamente na cidade de São Paulo.

Eles foram entrevistados com base em questionários psiquiátricos
padronizados, desenvolvidos pela Organização Mundial de Saúde. O estudo
concluiu que os médiuns apresentaram baixa prevalência de problemas
psiquiátricos e bom ajustamento social, com alta escolaridade e baixo
desemprego.

Além disso, o trabalho evidenciou que a maioria dos
médiuns teve o início de suas manifestações mediúnicas na infância e
estas, na fase adulta, se caracterizam por vivências de influência ou
alucinatórias que não necessariamente implicam diagnóstico de
esquizofrenia. Outra conclusão importante da pesquisa é que a
mediunidade se constitui numa vivência diferente do transtorno de
personalidade múltipla.

Psicografia
Em 2008,
em parceria com o Centro de Espiritualidade e da Mente, da Universidade
da Pensilvânia, nos Estados Unidos, os pesquisadores do Núcleo de
Pesquisas em Espiritualidade da UFJF captaram imagens do cérebro de
médiuns em dois momentos distintos: durante o ato de psicografar
(capacidade atribuída a certos médiuns de escrever mensagens ditadas por
espíritos) e ao escrever um texto de própria autoria, fora do estado
mediúnico.

“O objetivo desse estudo é determinar se a psicografia
está associada a alterações específicas na atividade cerebral e buscar
compreender melhor a experiência mediúnica, identificando o padrão de
ativação das diversas áreas cerebrais durante a psicografia”, explica
Alexander. Foram avaliados 10 médiuns sem transtornos mentais e com
experiência em psicografia. Eles foram submetidos a uma tomografia. Os
resultados da pesquisa serão publicados nos próximos meses.

Sinto-me muito grata por ter lido este artigo que a Ceinwyn publicou. É que não sinto nem tenho os sintomas que a maior parte dos mediuns dizem que têm, e a diferença é de tal ordem que sempre pus em causa aqueles que afirmam que sou médium. Sinto-me tranquila. E porque as dúvidas continuam, vou tentar desenvolver esta "coisa chamada mediunidade" para ver se realmente funciona comigo. Posso estar a pensar errado. Posso estar a querer ter razão, e em teimar e continuar a dizer que não sou médium. Não sei.

Olá Salomé ainda bem que este artigo ajudou, nem que fosse um bocadinho ...na minha opinião fazes bem...duvida sempre até teres provas «fortes» que deitem por terra todas as tuas duvidas...

Olá querida Salomé poxa pá andamos desaparecidas! olha já agora o que é que tu sentes ? estou completamente alheia,mas gostav a de perceber melhor.

Bejufas

Não será bem o que sinto em determinados momentos mas como "sou". É assim a modos que um "estar"; é "saber" determinadas coisas; é olhar e "ver" outras.

Mas não oiço vozes, não vejo coisas e não "sei" outras.

É olhar para alguém e saber que essa pessoa não é boa; estar num sítio e saber que não devo estar ali; é antecipar acontecimentos sem saber que acontecimentos na realidade são. É tudo muito vago, mas constante. Por vezes penso que vivo numa dimensão aparte, que a realidade que eu vivo é uma realidade escolhida por mim. E isto parece-me ser completamente estúpido, sem nexo e sem consistência.

Não tem nada a ver com arrepios, com medos, fantasmas ou qualquer outro elemento da enorme panóplia da paranormalidade. É "algo" diferente que não sei explicar.

Na minha modesta opinião és dotada de um grande intuição,ou seja talvez a tua mente está mais conectada para as coisas simples como a natureza e o Universo ,por isso absorves melhor todas as energias que chegam até a ti.
É o poder de observação que tens com o mundo e com o que se passa à tua volta,é o estado de alerta para as coisas ruins do dia a dia,é no fundo as respostas do Universo que chegam até a ti pela energia que transmites á tua volta.

É a capacidade que tens em aceitar as coisas e compreende-las que te ajudam a evoluir mas que te dão a sensação de viveres num mundo á parte,e algum receio de incompreensão por parte de outras pessoas.

Em suma o ponto de equilíbrio entre a mente e o corpo físico que procuras é isso mesmo é compreender para aceitar.
O que se passa é que o ser humano não pode compreender tudo e isto traz-nos a falsa sensação que estamos mal e que os outros é que tem a razão.
Outros esses que não ouvem ou sentem a «voz» do Universo por não estarem tão atentos.
Na minha opinião é isso que se passa mas se tiver errada corrige-me se faz favor,é que por vezes fico com a sensação que ninguém me compreende

E achas que eu sei? Eu?
Será intuição como dizes e muito bem e penso que haja por aqui uma dose de empatia. Será? sei lá eu!

Empatia por quem? pelo mundo ou pelas pessoas?

Mediunidade todos a temos, só que nem todos a usam devidamente. Infelizmente, até seres maliciosos também possuem mediunidade e usam isso para seu proveito. Têm tanto ou mais mediunidade que seres do bem.
O aprender a manejar a sua energia, saber proteger-se, ou saber quando deve ou não intervenir é algo muito mais complicado de controlar.
O espiritismo é como na escola: uma "luta" para conseguir o objetivo de completar a aprendizagem suficiente para completar a formação académica. Uns são mais ágeis e inteligentes; outros mais lentos e menos capazes de o conseguir. Mas com o tempo acabam por lá chegar, e, infelizmente, outros acabam por abandonar ou retardar o desfecho.

anokidas escreveu:Empatia por quem? pelo mundo ou pelas pessoas?

Por tudo.
Esta resposta pode parecer-te estúpida ou pretensiosa, mas é mais ou menos assim que acontece. O engraçado da questão é que a "minha" empatia nem sempre está de "acordo" com a das outras pessoas, como é que hei-de explicar isto ... ...
Por exemplo, se várias pessoas estiverem no mesmo local e se todas elas exclamarem, ena que bonito está-se aqui tão bem! eu por vezes não sinto o local como bonito (apesar de ser belo), mas sim como se de uma armadilha se tratasse; noutros, de paisagens muito mais simples, em que ninguém nada diz, sinto-os maravilhosos. E com as pessoas é a mesma coisa. Só que raramente prestava atenção! Eram sentimentos fugazes (isto é, se sentimentos for a palavra correcta). Agora vou tomando nota, analisando, questionando e especialmente duvidando.

MyAngel, estou careca de ouvir dizer que TODOS temos mediunidade! Mas ás minhas dúvidas ninguém responde!

Salomé escreveu:

MyAngel, estou careca de ouvir dizer que TODOS temos mediunidade! Mas ás minhas dúvidas ninguém responde!

Olá Salomé.

Respondo o que tu quiseres, desde que possa provar a tua aguardente. Rsrsrsrrsrs

lancelot escreveu:

Salomé escreveu:

MyAngel, estou careca de ouvir dizer que TODOS temos mediunidade! Mas ás minhas dúvidas ninguém responde!

Olá Salomé.

Respondo o que tu quiseres, desde que possa provar a tua aguardente. Rsrsrsrrsrs

Ahhahh ! Lancelot isso é batota ,temos que combinar um jantar para provarmos todos da aguardente da Salomé

[quote="Salomé"]

anokidas escreveu:Empatia por quem? pelo mundo ou pelas pessoas?

Por tudo.
Esta resposta pode parecer-te estúpida ou pretensiosa, mas é mais ou menos assim que acontece. O engraçado da questão é que a "minha" empatia nem sempre está de "acordo" com a das outras pessoas, como é que hei-de explicar isto ... ...
Por exemplo, se várias pessoas estiverem no mesmo local e se todas elas exclamarem, ena que bonito está-se aqui tão bem! eu por vezes não sinto o local como bonito (apesar de ser belo), mas sim como se de uma armadilha se tratasse; noutros, de paisagens muito mais simples, em que ninguém nada diz, sinto-os maravilhosos. E com as pessoas é a mesma coisa. Só que raramente prestava atenção! Eram sentimentos fugazes (isto é, se sentimentos for a palavra correcta). Agora vou tomando nota, analisando, questionando e especialmente duvidando.


Salomé,mais uma prova que consegues ter uma observação diferente das pessoas e do mundo diferente do habitual,por norma o ser humano é regido por padrões,gostamos das mesmas coisas e seguimos as mesmas modas e fazemos tudo igual,e tu sentes fugir à regra por «sentires» diferença. A meu ver tu tens um poder de observação para com o mundo tanto físico como mental mais apurado,pois consegue ver o que está por detrás da «cortina» o que não está à vista dos olhos da maioria das pessoas,e isso não é bom nem mau apenas é uma maneira diferente do habitual. Afinal de contas estamos todos fartos de ser iguais? essa tua qualidade marca a diferença.Pensa nisso

Com certeza, Anokidas, não é bom nem mal e também não será assim tão diferente, pois não serei a única, nem se quer será raro. acredito plenamente que é bastante comum. O que acontece é que não estamos para aí virados, não ligamos ao nosso "sentir", à nossa intuição, não estamos sintonizados e para isso basta rodar um cadinho o botão: acalmar os ânimos, ficarmos mais atentos e na verdade o que importa mesmo é sair dos estereótipos.

Pois Salomé...
Quem não procura respostas?
Pelos vistos tenho mediunidade desde que nasci, e ainda nos dias de hoje estou numa de descoberta sobre tudo isto. Foram vários anos de situações estranhas a acontecerem, julgando-as como sorte ou azar, até ao ponto de começar a perceber que afinal as coisas não se regem assim.
É preciso ter paciência, e tudo surgirá a seu tempo.

Ceinwyn ótima matéria adorei ler, obrigada por compartilhar esta informação.
bjos

Antes de mais bem vinda ao psique!
Obrigada Fabiana   ainda bem que gostou! Ando a fazer mais pesquisas assim que conseguir alguns artigos interessantes coloco aqui.

Bjos

Ceinwyn escreveu: Antes de mais bem vinda ao psique!
Obrigada Fabiana   ainda bem que gostou!  Ando a fazer mais pesquisas assim que conseguir alguns artigos interessantes coloco aqui.

Bjos

Obrigada querida, estou gostando muito do fórum Psique e dos participantes também com certeza, pessoas do bem e muito simpáticos ^^

beijos

Olá, onde vim parar… decidi registar-me com este nome, porque parece que já conheço de outras “andanças” estes nomes.
Se forem as mesmas pessoas, melhor, porque sendo eu do tipo “ não acredito em bruxas, mas que as há, há”, recordo-me de trocar impressões e foram muito úteis e as mais sóbrias. E é disso que estou a precisar.
Como provavelmente há pessoas aqui que passaram por algumas questões … sem rodeios: preciso da vossa ajuda.
Não tenho interesse em desenvolver a mediunidade, ou só até certo ponto… como já foi referido partilho da opinião de outro post que exemplifica com uma pedra e os dentes… Tenho em dúvida se estou a desenvolver alguma desordem ou patologia de alguma espécie.
Para resumir, por razões da vida e pessoais, comecei a pesquisar sobre estes assuntos e a estar mais atenta a estas questões. Resultado: se pensava que tinha uma intuição apurada, fruto do chamado 6º sentido das mulheres, e de ter que fazer por não ficar incomodada com as más ondas dos outros, agora vejo-me em situações constantes de conflito interno e sensações estranhas de desconforto.
Depois, pequenas situações, por exemplo, na véspera do meu pai morrer, acordei durante a noite e tive uma sensação que algo/alguém andava pela casa à procura dele (eu meio borrada de medo), ao outro dia, recebemos a notícia da morte.
Mas o que me fez postar: à coisa de 2 meses para cá, senti um cheiro a tabaco em casa, ninguém fuma, parecia eu um cão atrás do cheiro, mas estava apenas ali debaixo do meu nariz. No meu local de trabalho ouvi chamar o meu nome, 1 vez, eu olhei e estavam os colegas a laborar normalmente, não liguei, e depois uma 2ª, em que eu perguntei mesmo se alguém me chamou (ninguém chamou), e por 2 vezes que sinto cheiros desagradáveis (dou por mim a verificar se pisei qq coisa e a olhar em volta e levantar-me para ver donde pode ter vindo o cheiro meio a podre), frio e desconforto.
Já alguém foi ao médico por causa de cenas assim, alguma psicose? Será que questões desta ordem podem ter a ver com um o desenvolvimento da intuição ou da tal mediunidade?
Obg, cumpts

Olá Tina,

Se não estás a desenvolver uma esquizofrenia (Esquizofrenia é considerada pela psicopatologia como um tipo de sofrimento psíquico grave, caracterizado principalmente pela alteração no contato com a realidade (psicose). Segundo o DSM-IV, é um transtorno psíquico severo caracterizado por dois ou mais dentre o seguinte conjunto de sintomas por pelo menos um mês: alucinações visuais, sinestésicas ou auditivas, delírios, fala desorganizada (incompreensível), catatonia ou/e sintomas depressivos.2 Juntamente com a paranoia, o transtorno esquizofreniforme e o transtorno esquizoafetivo, as esquizofrenias compõem o grupo das psicoses. É hoje encarada não como doença, no sentido clássico do termo, mas sim como um transtorno mental, podendo atingir pessoas de qualquer idade, género, raça, classe social e país. Segundo estudos da OMS, atinge cerca de 1% da população mundial - um muito obrigado à ikipedia  ), e para o saberes terás que consultar um medico especialista na matéria, então temos por aí uma mediunidade que terá que ser "tratada" por especialistas

Ora, aqui é que a coisa começa a complicar! Onde ir! Eu aconselho que visites vários tipos de centros até encontrares um que te agrade:  umbanda, cartecista, ... sei lá, andam tantos por aí. De certeza que no forum alguém te aconselhará melhor. Vai dando noticias.

Olá Tinasol, parece que vieste mesmo parar ao lugar das bruxas . Sê bem vinda e muito prazer em reler-te! Quanto à questão que colocas, penso não haver melhor forma de começar do que pela medicina convencional, e só depois ponderares outro tipo de abordagens. Pelo que expões não existe (excepção à morte do teu pai que lamento saber) nenhum "elemento elo" entre sensação e sentimento, apenas cheiros, frio e desconforto que podem ser provocados por alterações corporais. Expõe a tua situação ao médico de família sem receios, primeiramente.  Cumprimentos

Mephisto escreveu:Olá Tinasol, parece que vieste mesmo parar ao lugar das bruxas . Sê bem vinda e muito prazer em reler-te! Quanto à questão que colocas, penso não haver melhor forma de começar do que pela medicina convencional, e só depois ponderares outro tipo de abordagens. Pelo que expões não existe (excepção à morte do teu pai que lamento saber) nenhum "elemento elo" entre sensação e sentimento, apenas cheiros, frio e desconforto que podem ser provocados por alterações corporais. Expõe a tua situação ao médico de família sem receios, primeiramente.  Cumprimentos

Saudações Tinasol. Seja bem vinda.

Subscrevo as palavras dos companheiros. Mas.....

Será sempre um pau de dois bicos.

O primeiro passo é sempre complicado, até porque nunca sabemos qual a direcção a tomar. E corremos sempre o risco de não nos levarem a sério.

Se bem que o médico pode nem entender.

Se bem que os centros te podem direccionar para o caminho errado.

É complexo dar-te uma solução adequada.

Eu tive a "sorte" de encontrar alquem que me direccionou no caminho certo.

Seja qual for o caminho que decidas, toma a decisão por ti, e não porque alguem disse que era bom. O que é bom para mim não quer dizer que o seja para ti. No fundo não passa por uma orientação, mas serás tu quem decide o caminho a seguir. Deixa que o teu coração escolha o caminho.